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O tapete de um milhão de dólares

  • Por Ricardo José
  • 15 dez., 2017

O que importa é como nos apresentamos!

  Certa vez em viagem, fui convidado por uma amiga, que sabendo do meu interesse no comportamento humano, para ir à uma loja de roupas femininas que divulgava ter colocado um tapete de U$ 1.000.000.00 (Um milhão de dólares) para receber suas clientes.
  A loja era uma loja bem simples, com três linhas de cabideiros a sua volta, um pequeno balcão ao fundo e completamente vazia no centro, onde repousava o valioso tapete que era pisoteado sem a menor cerimônia, pelas pessoas e seus acompanhantes que lá iam apenas pelo prazer de pisá-lo.
  As roupas ficavam dispostas por cores e preços conforme sua localização, sendo que os valores eram de U$ 4.99,  9.99 e 14.99 de acordo com a linha que se encontrava pendurada. Enquanto algumas poucas clientes mexiam nas roupas, várias pessoas atravessavam a loja de um lado para o outro, apenas pelo prazer de pisar no tapete. Afinal não é todo dia que temos esta oportunidade de andar sobre algo tão valioso.  
  Durante o que tempo que pude observar a movimentação na loja, um fato me chamou a atenção: Enquanto uma senhora mexia nas roupas penduradas, e lentamente se movia prestando atenção nos modelos, não viu que havia uma pequena blusa que havia se soltado do cabide e estava caída ao chão.
  A mulher estava prestes a pisar na roupa, e na tentativa de evitar, perdeu o equilíbrio e acabou caindo. Não sem antes derrubar várias roupas e chamar a atenção de todos que lá estavam, passando por um grande constrangimento.
  E este foi o fato me chamou a atenção: Como uma pessoa poderia se submeter a tal constrangimento? Por algo que valia no máximo U$ 14.99, enquanto tantas outras e talvez ela mesma, tenha ido lá apenas para ter a oportunidade de pisar em algo que valia algo em torno de um milhão de dólares.
  A minha conclusão é bem simples: As pessoas não vão levar em consideração o seu valor, ao menos que você saiba se posicionar. As roupas não foram feitas para serem pisadas, mesmo que nada valham, enquanto tapetes não importando seu valor, seguramente serão pisoteados.
 Ao menos que você saiba se posicionar, enquanto se colocar ao chão, não restará a menor dúvida que será pisado(a), busque sempre mostrar a sua melhor versão, não importa seu tamanho ou de onde tenha vindo, ocupe-se em mostrar o seu melhor sempre, pois mesmo algo que foi "concebido" para ser pisado pode ter sua beleza e seu valor admirados e desejados, ao invés de sua utilidade. 
Por Ricardo José 2 de outubro de 2018
  Você já pensou em perdoar alguém e mesmo estando determinado(a) a fazer isto sente que não obteve sucesso?

   Muitas são as razões para esta dificuldade, veja algumas delas:

   1. NOSSO INSTINTO DE PRESERVAÇÃO:
  Nosso aparelho psíquico é orientado pelo positivo para garantir a nossa sobrevivência,  e usa grande parte de nossas experiências como aprendizado, a fim de nos proteger de experiências futuras semelhantes. Desta forma inconscientemente mantemos a lembrança como forma de proteção, é como se ao perdoarmos estivéssemos aceitando os danos que aquela situação nos causou, e isto não é falso. Não é a toa que o nome da ação que nos liberta é PERDÃO, isto é, uma grande perda. Só que ao perdoar, você interrompe o processo de perda e ressignifica a perdão, pela doação PER-DOAR.  

2. MEDO DE REATAR A RELAÇÃO:
  Outra questão muito comum que atrapalha a prática do perdão, é a crença de que uma vez perdoado o ofensor, o resgate do relacionamento ou da relação é implícito. Isto é uma opção dos envolvidos, podemos sim reconstruir o relacionamento e alcançarmos um nível de respeito e maturidade muito aprazível, da mesma forma que podemos caminhar sem a necessidade da companhia do outro. O que não faz sentido é continuar sua caminhada carregando alguém que não te faz bem, independente da vontade do outro.

3. SENSO DE JUSTIÇA:
  Este seja talvez o maior desafio, acreditar que têm-se o poder de punir o outro se auto-flagelando. Seja pelo afastamento, pela vingança ou auto piedade. Isto é totalmente ineficaz e aumenta a "injustiça" diante do ofendido, uma vez que se a ofensa foi intencional o ofendido valida a ação do ofensor e em caso de não ter havido consciente intenção, passa o ofendido a potencializar a ofensa  onde é ele a pessoa que mais perde, na tentativa de punir seu algoz. Não caia nesta armadilha, perdoe e seja justo, ao menos consigo mesmo.

  Eu poderia citar inúmeras outras razões para encorajar o leitor para a prática do perdão, mas espero que com estes simples exemplos que encontramos com maior frequência sejam úteis para a reflexão e tomada de decisão.




Por Ricardo José 3 de novembro de 2017
No dia 31 de outubro de 2017, nas dependências da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, tive a honra de receber das mãos do Senador Cultural Dr. Roko Brasil curador e idealizador da exposição VALORIZANDO A ARTE 2017, e do Principe Dom Alexandre da Silva Camêlo Rurikovich Carvalho, presidente da FEBACLA, o título de Doutor Honoris Causa por minha participação como co-autor no livro FERRAMENTAS DA PNL, da Editora Leader.
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